segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Dudzicopa 03 - Os jovens e a profundidade no campo

 Às 22h39 desta segunda-feira os jogos já estão meio bagunçados na minha cabeça, mas vou tentar falar um pouquinho de cada um. 

Me parece que um ponto que liga os três jogos de hoje - e a bem da verdade com o de ontem também - é a juventude dos atletas que tiveram atuações destacadas nessas partidas. 




Se no domingo Moisés Caicedo (21), Estupiñan (24), Preciado (24) e Jhegson Méndez (25) ajudaram Enner Valencia a bater o Catar, a segunda começou com Bellingham (19), Saka (21) e Rice (23) dominando e desequilibrando o jogo contra uma pálida seleção iraniana. A equipe asiática teve muitos problemas para se posicionar de maneira compacta, sendo atraída com facilidade pelas movimentações dos meiocampistas ingleses e ficando desorganizada pelas próprias tentativas de encaixar a marcação de maneira individual no English Team.  

Se havia expectativa de duas linhas de 5 ou uma de 6 imitando um jogo de handball, na prática os iranianos foram envolvidos por combinações inglesas e batidos ainda pela fisicalidade do jogo aéreo de Maguire e de corpo de Harry Kane. 

Um ponto importante que me chamou a atenção quando ainda estávamos tendo um jogo equilibrado foi a quantidade de vezes que os ingleses conseguiram chegar ao fundo para cruzar em vantagem. Cruzar do fundo normalmente é melhor que da intermediária! Quando ganha a profundidade, você faz o adversário correr para trás e o obriga a tentar tirar de lado o cruzamento que você faz. 

Mas a beleza do futebol é que não há verdades absolutas, de forma que logo depois de falar sobre as vantagens de cruzar do fundo eu preciso observar que o primeiro gol da Holanda contra Senegal foi feito com cruzamento da intermediária e um timing perfeito de infiltração do atacante. No caso estou falando dos dois jovens que foram oásis de qualidade técnica e boas decisões na equipe laranja: o lançador De Jong (25) e o cabeceador Gakpo (23). Os jovens holandeses se destacaram em uma equipe bem organizada e distribuída, mas com pouca fluidez com a bola. Queria ressaltar que Mendy não foi excelente no lance, mas me parece que o gol 1 da Holanda tem muito dessa sincronia de movimentos e pouco de falha do goleiro, que tinha que sair ali, mas que deveria subir mais que Gakpo.

A impressão que o jogo me deixa, no entanto, é de que Senegal merecia mais pela pegada sem a bola e velocidade para transitar e buscar jogo mais direto. Gostei de Ismaila Sarr (24) e de Boulayé Dia. 

Para finalizar o dia, Tyler Adams (23), Musah (19), Pulisic (24) e Weah (22) nos deleitaram com a intensidade, velocidade e objetividade no primeiro tempo da partida contra País de Gales. Tímidos no primeiro tempo, os galeses melhoraram demais com o grandalhão Kiefer Moore que já está longe de ser jovem com seus 30 anos, mas que permitiu que a equipe galesa ganhasse terreno (olha a profundidade aí) e chegasse ao lance do pênalti em jogada que contou com a esperteza de Brennan Johnson (21) para bater rápido o lateral. Não acho que faltou fôlego para os americanos e sim clareza para definir os inúmeros contragolpes que tiveram quando o jogo ainda estava 1 a 0. Às vezes um pouco de pausa faz bem!



Vou fazer a minha que já já tem Argentina x Arábia Saudita. 






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