domingo, 27 de fevereiro de 2011

Herói outra vez!

O Arsenal terá que esperar pelo mais um pouco para desentalar da garganta o título de é campeão. Mesmo dominando boa parte do jogo, os Gunners não foram capazes de vencer o Birmingham e ficaram com o vice da League Cup.

Difícil não falar da trapalhada que Laurent Kolscieny fez aos 43 minutos do segundo tempo e que deu o gol de presente para Obafemi Martins fazer a festa da torcida, mas o nome da decisão sem sombra de dúvida foi Ben Foster.

O goleiro do Birmigham fez pelo menos 5 defesas importantíssimas na partida e garantiu que a equipe azul e branca fosse vazada apenas uma vez na final, mesmo com o grande volume de jogo do Arsenal.

Aliás, é a segunda vez que Foster é herói em um título da League Cup. Na temporada 2008-09, quando atuava pelo Manchester United, Ben foi o titular dos Red Devils na decisão contra o Tottenham. Naquele jogo, após 120 minutos disputadíssimos, o goleiro do Manchester pegou dois pênaltis e garantiu o título à sua equipe.

Foi o célebre jogo em que Foster usou o Ipod para ver como os batedores do Tottenham efetuavam suas cobranças. Deu certo.

E hoje deu certo novamente.

Um golpe duro para o Arsenal, um triunfo heroico para o Birmingham e para os amantes do futebol!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Análise: França 1 x 0 Brasil - 09/02/2011

Brasil e França se enfrentaram na última quarta-feira no Stade de France com ares de revanche e afirmação. Diferentemente das outras oportunidades, Mano Menezes decidiu abrir mão do seu tradicional 4-2-3-1 para formar uma equipe mais concisa no meio campo e sem um armador de ofício.

Assim, o Brasil foi a campo com um 4-1-3-2.

Lucas fazia a função de volante preso à frente da zaga, com Elias indo e voltando, como um box-to-box, entre o auxílio ao primeiro volante e chegada à frente para armar. Dos lados, Renato Augusto, pela direita, e Hernanes, pela esquerda, alinhavam no centro do campo sem a bola e abriam pelos cantos para fazer jogadas com os alas e chegar nos dois atacantes, Robinho aberto à esquerda, mas também se movimentando, e Pato mais centralizado e caindo pela direita.

A França veio com o 4-2-3-1.

Menez pela direita e Malouda pela esquerda buscavam as jogadas pelos flancos, com M'Villa e Gourcuff trabalhando a bola pela faixa central. Lá na frente, Benzema fazia o melhor para tentar se desvincilhar da marcação dos dois zagueiros brasileiros e colocar os companheiros no jogo.

O Brasil era melhor... Até que Hernanes fez uma besteira que pode lhe custar muito caro. O pontapé dado em Benzema no centro do campo mudou a partida e o meia/volante, que vinha fazendo boa partida tanto defensiva, quanto ofensivamente, saiu queimado com Mano e os torcedores. A solução brasileira foi aguentar as pontas até o intervalo, com Robinho fazendo as vezes de Hernanes pela esquerda e Pato isolado.

O camisa 7 do Brasil, aliás, merece uma citação à parte. Com braçadeira de capitão e tudo o mais, Robinho foi omisso durante toda a primeira etapa. A todo o tempo os microfones da transmissão televisiva captavam Mano Menezes lhe chamando a atenção. Na frente, Róbson pouco se apresentava e atrás não formava a linha de marcação que o treinador imaginava.

O intervalo veio e eu imaginei que Mano Menezes mexeria no time. Formar o meio de campo com Robinho parecia uma decisão equivocada. Anderson, no banco, poderia muito bem entrar no lugar do camisa 7 e fazer a função que Hernanes fazia, já que é um carregador de bola e tem poder de marcação também.

No entanto, seja por julgamento ou omissão, o técnico brasileiro voltou com o mesmo time, só atentando para Robinho formar melhor a linha defensiva do Brasil. A seleção, no entanto, começou a segunda etapa muito recuada.

O Brasil não pegava na bola e Menez, apagado no primeiro tempo graças à boa marcação de Hernanes e André Santos, resolveu dar as caras. Na segunda vez em que desceu em velocidade pela direita, o meia francês foi decisivo.

Robinho, como era de se esperar - não por incompetência, mas por falta de característica para tanto - não fechou o espaço por aquele lado.

Com a subida de Sagna ao ataque, André Santos ficou com dois para marcar e Menez se aproveitou, passando no meio da marcação brasileira



e cruzando para Benzema - sem acompanhamento de Thiago Silva ou de Dani Alves - só completar para as redes.

Depois do gol o Brasil continuou o mesmo, apostando em eventuais saídas com Robinho pela esquerda ou em alguma enfiada de bola para Pato. No entanto, a França não correu grandes riscos - exceção feito à bola enfiada para Hulk, que não conseguiu o domínio.

Fim de jogo, França 1 a 0 Brasil. Não é o fim do mundo, mas são as primeiras críticas ao trabalho de Mano Menezes, que não mexeu quando devia e foi cauteloso demais quando não podia.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Palmeiras foi melhor quase o tempo todo...

Palmeiras e Corinthians disputram um belo clássico neste domingo no ensolarado e quente Pacaembu. O Timão tinha toda a pressão do resultado na Libertadores e o Palmeiras, livre e solto, só tinha a confirmar.

Com a bola rolando o Verdão foi melhor. As duas equipes se postaram no 4-2-3-1, mas o Palmeiras era mais eficiente. Dinei e Kléber trocavam de posição a todo o momento, enquanto Tinga contava com o apoio de Cicinho para causar o terror na defesa corintiana pelo lado direito do ataque.

Do lado corintiano, Luis Ramírez sumiu na marcação adversária, enquanto Jorge Henrique e Danilo pouco fizeram para tentar fugir dos laterais palmeirenses. O primeiro tempo terminou empatado, mas o Palmeiras é que saiu por cima.

Na segunda etapa o Corinthians melhorou. Marcelo Oliveira deu jeito na esquerda da defesa alvinegra, enquanto Cachito, um pouco mais recuado e centralizado, passou a distribuir o jogo. Chances de um lado e de outro, Júlio César foi quem se consagrou, com ótimas defesas.

Antes de seu maior milagre na partida, no entanto, o Corinthians chegou ao gol. Em bola lançada na direita, Willian, então atuando como centroavante, puxou a marcação da zaga alviverde... Notem que três palmeirenses, incluindo o zagueiro Thiago Heleno, foram pra cima do corintiano sem dar o bote.






Alessandro, livre, recebeu, colocou na frente e Thiago Heleno foi ao combate. O lateral direito então tocou para Morais, que marcado à distância por Márcio Araújo fez a assistência.




Alessandro então ganhou na corrida para fazer o gol decisivo.




No finzinho, Júlio César operou outro milagre e contou com a sorte para dar a vitória ao Corinthians. O Palmeiras foi melhor, mas se desconcentrou justamente quando não podia. E, claro, não fez o gol quando devia.