sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

De onde vem o dinheiro do Atlético Nacional?

Dois jogos, duas vitórias incontestáveis e o Atlético Nacional já virou a grande surpresa da Libertadores deste ano. O clube de Medellín já é dado até como potencial candidato a grandes feitos no torneio mais importante do continente.

Vale dizer que, mesmo com o título do Apertura da Colômbia de 2011, disputado no primeiro semestre, os verdolagas chegaram à Libertadores como terceira força em um grupo dificílimo com Peñarol e Universidad de Chile. Chegaram? Chegariam...

A grande mudança se deu no final de 2011, quando o Atlético Nacional investiu pesado em contratações para ter um time competitivo. Foram 10 milhões de dólares empregados para a chegada de 19 jogadores, a maioria deles com cancha para ser titular (mais detalhes aqui)

A pergunta que não quer calar é... De onde veio esse dinheiro todo? Veio do dono do clube: Carlos Ardila Lülle, um dos maiores empresários da Colômbia. Acontece que, além de proprietário do Atlético Nacional desde 1996, Lülle é dono de um enorme conglomerado de empresas colombianas, que atua desde o setor de agronegócio até o setor financeiro, passando por comunicações e bebidas. (mais detalhes aqui)

É da Organización Ardila Lülle, por exemplo, a empresa Postobón, maior marca de bebidas e refrigerantes da Colômbia. A Postobón patrocina o campeonato de futebol da Colômbia desde 2010, dando nome a todas as competições nacionais. Assim, a primeira divisão do país é a Liga Postobón, a segunda divisão é o Torneo Postobón e assim em diante. A Postobón também é patrocinadora do Atlético Nacional desde 1998, estampando a camisa do clube.

Ardila Lülle também é dono de 16 redes de televisão, rádio, e outras empresas ligadas a comunicações. Entre elas está a RCN Televisión, dona dos direitos de transmissão do campeonato colombiano - e responsável pela novela de sucesso internacional Betty, La Fea.

Está aí a resposta para o grande investimento deste ano no Atlético Nacional. Não a parte da Betty a Feia, mas sim o fato de os proprietários do Atlético Nacional serem donos dos direitos de transmissão do campeonato colombiano e patrocinarem o próprio time com a marca Postobón.

A logística é simples: com resultados financeiros melhores em 2011, após algum tempo de contenção de gastos com a crise econômica mundial, a Organización Ardila Lülle decidiu investir novamente em seu clube. Com mais investimentos o Atlético atrai atenção em nível internacional e coloca em evidência a marca Postobón para milhares e milhares de espectadores que querem ver o "tal time da Colômbia".

Dentro do território colombiano o interesse da maior torcida do país com esse time cheio de bons jogadores é renovado, e novos investidores podem vir a se interessar em colocar suas marcas nos comerciais das transmissões... E quem transmite os jogos? A RCN, que também é de Ardila Lülle.
Não é a primeira vez que o poderio econômico da Ardila Lülle dá as cartas no Atlético, mas nos últimos anos este é certamente o maior investimento. Resta saber se será também o mais bem sucedido.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Libertadores - Dia 10

Defensor Sporting 2x0 Deportivo Quito
Local: Estadio Luis Franzini, Montevidéu
Gols: Alemán e Callorda
D.Sporting: Irrazabal; Arias, Moiraghi, Fleurquín e Diego Manuel Rodríguez (Herrera); Diego Rodriguez, Ferreira, Pintos e Alemán (Amado); Nico Olivera (Federico Pintos) e Maxi Callorda
DT: Gustavo Diaz
Deportivo Quito: Elizaga; Velasco, Checa, Espinoza e Mina; Olivo, Bolaños; Paredes (Vaca), Saritama (Escalada) e Fidel Martínez; Alustiza
DT: Carlos Ischia

O Deportivo Quito, que havia feito uma ótima estreia diante do Chivas no México, não foi páreo para a melhor organização e efetividade do Defensor Sporting. Os uruguaios souberam o que fazer com a bola e venceram bem, muito embora o segundo gol tenha sido feito em posição ilegal. É um resultado que dá novo ânimo aos violetas

Atletico Nacional 2x0 Universidad de Chile
Local: Estadio Atanasio Girardot, Medellín
Gols: Juan David Valencia e Pabón
A.Nacional: Pezzuti; Calle, Tula (Murillo), Henríquez e Juan David Valencia (Díaz); Mosquera (Mejía), Valoy, Córdoba e Macnelly Torres; Pabón e Alvarez
DT: Santiago Escobar
U.de Chile: Herrera; González (Paulo Magalhaes), Acevedo e Rojas; Díaz, Aránguiz, Pedro Morales (Cereceda) e Mena; Castro, Lorenzetti (Ruidíaz) e Junior Fernandes
DT: Jorge Sampaolli

O novo time do Atlético Nacional mostrou a que veio. Atuando com maestria em seus domínios, os verdolagas deram um passeio na atual campeã da Copa Sul-Americana. Macnelly Torres e Dorlan Pabón foram os nomes da partida, vencida com autoridade. La U ainda busca um centroavante e uma maneira de jogar depois de perder algumas peças importantes.

Zamora 0x0 Boca Juniors
Local: Estadio Agustín Tovar, Barinas
Zamora: Forero; Semperena, Bustamante e Galezo; Rodríguez, Vargas, Briceño e Rennier Rodríguez; Figueroa (Lancken), Torres (Noriega) e Yánez (Córdoba)
DT: Oscar Gil
Boca: Orión; Sosa, Schiavi, Insaurralde e Roncaglia; Rivero (Chavez), Somoza e Erviti (Ledesma); Riquelme; Cvitanich (Mouche) e Santiago Silva
DT: Julio César Falcioni

Em um jogo de muita marcação por parte do Zamora e pouca inspiração para o Boca Juniors, o zero a zero acabou sendo um placar justo. Foi o primeiro ponto conquistado pelo Zamora em sua história na Libertadores, ponto este obtido na própria estreia no torneio continental.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Libertadores - Dia 9

Grupo 2

Emelec 1x0 Olimpia
Local: Estadio George Capwell, Guaiaquil
Gol: Figueroa
Emelec: Dreer; Quiñonez, Achilier e Bagui; Valencia (Cangá), Pedro Quiñónez, Gaibor e Giménez; Mondaini (Carlos Andre Quiñonez) e Pavon (Vigneri); Figueroa
DT: Julio Fleitas
Olimpia: Silva; Nájera, Romero, Meza e Ariosa (Zeballos); Orteman, Caballero, Hobecker (Revoredo) e Marín; Maxi Biancucchi (Almirón) e Luis Caballero
DT: Gerardo Pelusso

Venceu o melhor. E o Emelec foi amplamente superior durante os 90 minutos de duelo contra o Olimpia. Armados na formação que deu certo no primeiro semestre de 2011 - um 3-6-1 mutável para 3-4-3 - os eléctricos impuseram seu estilo de jogo e não deram chance ao Olimpia. Mesmo assim o gol saiu apenas no segundo tempo, após pênalti duvidoso sofrido e convertido por Luciano Figueroa.

Após o gol o cenário se manteve praticamente inalterado, com o Olimpia tentando jogar, mas parando na ótima marcação do Emelec. Ameaças do Decano só nas bolas paradas mesmo. No tudo ou nada Pelusso decidiu mandar a campo Pablo Zeballos, que não estava em suas melhores condições. Além de prejudicar a recuperação, o técnico do Olimpia ainda viu seu jogador ser expulso por ofensas à arbitragem.


Grupo 3

Universidad Católica 1x1 Bolívar
Local: Estadio San Carlos de Apoquindo
Gols: Ovelar | William Ferreira
U.Católica: Toselli; Magnasco (Valenzuela), Álvarez, Henríquez e Toro; Ríos (Hans Martínez), Silva e Felipe Gutiérrez; Harbottle (Castillo), Ovelar e Trecco
DT: Mario Lepe
Bolívar: Argüello; Rodríguez, Frontini, Valverde e Álvarez (Justiniano); Flores, Scaglia, Cardozo e Reyes (Lizio); Campos (Juan Arce) e William Ferreira
DT: Miguel Ángel Hoyos

Para quem ainda achava que a Universidad Católica traria o bom futebol do ano passado os primeiros minutos de jogo mostraram a realidade. Com poucas idéias e futebol abaixo da crítica a Católica ainda dava bobeira na defesa. Foi assim que William Ferreira abriu o placar para o Bolívar, contando com a ajuda do goleiro Toselli. Alarmada com a situação do jogo La UC resolveu jogar algo e chegou ao gol aos 44 do primeiro tempo, com Ovelár.

Na segunda etapa o jogo foi da Católica, que ainda teve um jogador a mais a partir dos 25 minutos, com a expulsão de Flores. Mesmo assim o time chileno não conseguiu vencer a boa marcação boliviana e ficou no empate em casa. Ótimo resultado para o Bolívar.

Grupo 5

Libertad 4x1 Alianza Lima
Local: Estadio Doutor Nicolás Leóz, Asuncion
Gols: Civelli, Aquino, Caballero e Ibañez (contra) | Salcedo
Libertad: Muñoz; Bonet, Benegas, Bizera e Samudio; Gamarra (Ayala), Cáceres, Aquino e Civelli; Núñez (Caballero) e Velázquez (Menéndez).
DT: Jorge Burruchaga
Alianza Lima: Libman; Ascues (Pedra), Ramos, Ibañez e Corrales; Hurtado, González, Albarracin e Salcedo (Bazán); Montaño; Charquero (Soto)
DT: José Soto

Quem conhece e viu Libertad e Alianza Lima jogando recentemente deveria esperar por um semi-massacre do time paraguaio. Porém, o que se viu no primeiro tempo foi um jogo lá e cá com os peruanos saindo na frente. Aos 27 minutos Salcedo abriu o placar em jogada bem trabalhada. Sem ver reação de seu time, Burruchaga decidiu trocar os atacantes Núñez por Caballero ainda aos 37 minutos, mas a alteração não funcionou na primeira etapa.

No segundo tempo, porém, o Libertad começou com tudo. Aos 2 minutos Civelli contou com erro do goleiro Libman para empatar o jogo. Aos 21 Aquino, de pênalti, colocou o Gumarelo em vantagem. Daí em diante o Alianza se perdeu. Sem oferecer resistência a equipe peruana tomou o terceiro gol aos 33, tento anotado por Caballero. Quando ambos os times pareciam conformados com o empate, Ibãnez ainda fez um gol contra e selou o placar final.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Libertadores - Dia 8

No segundo dia da "Libertadores de verdade" os visitantes deram show. A Unión Española salvou a pátria dos que jogaram na própria pátria.

Grupo 3

Unión Española 2x0 Junior
Local: Estadio Santa Laura, Santiago
Gols: Herrera e Cordero
U.Española: Lobos; Hidalgo, Diego Scotti, Ampuero (Alarcón) e Madrid; Leal, Villagra, Cordero; Sebastián Jaime (Pineda), Emanuel Herrera e Barriga
DT: José Luis Sierra
Junior: Viera; Romero (Núñez), García, Briceño e Quiñones; Luis Narváez, Gomez e Giovanni Hernández; Vladimir Hernández (Victor Cortés), Luis Paez (Balanta) e Luis Carlos Ruiz
DT: José Hernández.

Em um jogo vital para as pretensões da Unión Española na Libertadores 2012, Hispanos e Tiburones fizeram um jogo lá e cá durante todo o primeiro tempo. Com a bola o Junior era melhor, sobretudo com as aparições de Gio Hernández. Já a Unión se valia da rapidez do trio ofensivo para atacar.

Os gols, no entanto, só saíram no segundo tempo. Tal qual em uma luta de boxe, onde os dois lutadores se atacam e se defendem, foi uma sequência rápida da Unión Española que definiu o confronto. Aos 19 Herrera aproveitou desvio na área e confusão após escanteio para fazer o 1 a 0. Um minuto depois Cordero invadiu pela esquerda, cortou e bateu/cruzou para fechar o placar.

Grupo 5

Vasco da Gama 1x2 Nacional-URU
Local: Estádio São Januário, Rio de Janeiro
Gols: Alecsandro | Dedé (contra) e Sánchez
Vasco: Fernando Prass; Max, Dedé, Rodolfo e Thiago Feltri; Eduardo Costa e Nilton; Juninho e Felipe; Diego Souza e Alecsandro
DT: Cristóvão Borges
Nacional: Burián; Núñez, Scotti (Jadson Vieira), Rolin e Placente; Romero (Abero), Cabrera, Damonte e Calzada; Sánchez (Recoba) e Viudez
DT: Marcelo Gallardo

Desnecessário lembrar da virtude "copera" dos uruguaios. O Vasco, talvez, precise saber dela. Ligado durante todo o jogo, o Bolso foi melhor na sua proposta de jogo e, mesmo com um elenco de qualidade inferior, venceu os brasileiros no Rio de Janeiro. Depois de um começo equilibrado o Nacional achou a mina de ouro pelo lado direito do Vasco, com Sánchez em cima de Max que, sem apoio adequado de Nilton e somente de Dedé, virou presa fácil do triângulo formado pelo atacante, Calzada e Placente. O primeiro gol, contra de Dedé, foi virtude de um escanteio em jogada criada por ali.

No segundo tempo o Vasco tomou mais um golpe logo no primeiro minuto. Rodolfo saiu jogando errado, Calzada retomou e serviu Viudez. O talentoso camisa 10 cruzou na medida para Sánchez ampliar. A partir daí o Nacional fechou seu time no campo defensivo e usou de toda a garra e aplicação para vencer. Ainda tomou um gol de Alecsandro, mas saiu com a vitória. Merecida vitória.

Grupo 6

Nacional-PAR 1x2 Cruz Azul
Local: Estadio Defensores del Chaco, Asunción
Gols: Bogado | Orozco (2x)
Nacional: Caffa; Mazacotte, Piris, Caniza e Miranda; Orué (González), Torales Mendoza e Villareal (Cáceres); Texeira (Cano); Bogado
DT: Javier Torrente
Cruz Azul: Corona; Flores, Araujo e Pereira; Castro, Torrado (Gutiérrez), Cortés, Giménez e Vela (Aquino); Villa e Orozco (Bravo)
DT: Enrique Meza

No teórico duelo pela segunda vaga classificatória no grupo 6, o Nacional precisava vencer em casa. Não conseguiu. O 4-4-2/4-4-1-1 dos paraguaios não conseguia retomar a bola do Cruz Azul, que trabalhava bem seus 5 homens de meio para ficar com a redonda pela maior parte do tempo. Em jogada bem construída, Orozco abriu o placar aos 11. Dez minutos depois Bogado aproveitou bobeira da defesa mexicana e empatou. A alegria, porém, foi momentânea. Aos 28 Giménez bateu de longe, o goleiro Caffa deu rebote e Orozco mandou mais uma para as redes.

No segundo tempo o Nacional bem que tentou se impor, mas nada conseguiu. Grande vitória do Cruz Azul.







terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Libertadores - Dia 7

O primeiro dia da fase de grupos da Libertadores não deu espaço para surpresas e mostrou um pouco do que cada time pode ser capaz nesta edição do torneio.

Grupo 4

Fluminense 1x0 Arsenal
Local: Estádio João Havelange, Rio de Janeiro
Gol: Fred
Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Anderson, L.Euzébio e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Digão), Deco (Wellington Nem) e Wagner; Rafael Sóbis (Thiago Neves) e Fred
DT: Abel Braga
Arsenal: Campestrini; Nervo (González), Lisandro López, Burdisso e Pérez; Carbonero, Marcone, Esmerado (Torres) e Aguirre; Leguizamón e Zelaya (Córdoba)
DT: Gustavo Alfaro

O começo fulminante do Fluminense, com gol de Fred aos 2 minutos, dava toda a pinta de que os cariocas atropelariam o Arsenal. A pressão continuou forte nos primeiros dez minutos, mas logo se findou. Aos poucos o Arsenal foi ganhando terreno, se aproveitou das inúmeras falhas de posicionamento e tática do Fluminense e acabou o primeiro tempo muito mais perto do empate do que o Flu de ampliar o marcador.

O segundo tempo seguiu a mesma toada. O Arsenal era melhor, mas errava demais nas conclusões. O Fluminense, mesmo com toda a técnica de seu meio-campo e ataque, pouco fazia. E muito deixava o Arsenal jogar. Wagner foi expulso, Aguirre foi expulso e Leandro Euzébio também. Por pouco, muito pouco, o Arsenal não chegou ao empate. Por pouco, muito pouco, o Fluminense não perdeu três pontos obrigatórios para acreditar na vaga nas oitavas.


Grupo 7

Defensor Sporting 0x3 Vélez Sarsfield
Local: Estadio Luis Franzini, Montevideo
Gols: David Ramírez, Óbolo e Sebá Domínguez
D. Sporting: Irrazabal; Arias, Fleurquín, Moiraghi e Rodríguez; Rolán, Pintos, Rodriguez e Alemán; Olivera (Puerari) e Risso (Callorda)
DT: Gustavo Diaz
Vélez: Barovero; Cubero, Domínguez, Ortiz e Papa; Fernández, Cerro e Zapata (Cabral); David Ramírez (Bella); Martínez (Insúa) e Obolo
DT: Ricardo Gareca

Um jogo que começou de igual pra igual aos poucos se tornou totalmente do Vélez. A equipe argentina se aproveitou da maior qualidade técnica para aproveitar suas chances, enquanto o Defensor parou na sua própria falta de categoria. Aos 41 David Ramírez abriu o placar para o Vélez após bate e rebate na área uruguaia.

No segundo tempo o jogo permaneceu o mesmo: com o Defensor propondo o jogo, mas sem ameaçar demais a meta argentina. Aos 36 Obolo fez o segundo do Vélez. No finzinho, Domínguez, em excelente cobrança de falta, ampliou e deu números finais ao jogo. Grande vitória do Vélez fora de casa.


Chivas 1x1 Deportivo Quito
Local: Estadio Omnlife, Guadalajara
Gols: Arellano | Alustiza
Chivas: Michel; Magallón (Salazar), Reynoso e Álvarez; Baéz (Medina), Nava, Enriquez, Araújo (Mora) e Ponce; Fierro e Arellano
D.Quito: Elizaga (Bone); Velazco, Checa, Espinoza e Mina; Bolaños e Olivo; Paredes (Arroyo), Saritama e Fidel; Alustiza (Bevacqua)
DT: Carlos Ischia

Um Chivas irreconhecível e um Deportivo Quito acima da expectativa. Este foi o jogo em Guadalajara. Aos 8 minutos Alustiza aproveitou bobeira da zaga mexicana e abriu o placar. Daí em diante o Deportivo Quito fez o que queria para o jogo: defesa dura lá atrás e lançamentos rápidos para os pontas Fidel Martínez - "o Neymar Equatoriano" segundo a imprensa local - e Paredes. Rápidos, os dois foram constantemente municiados pelo meia-cerebral do time; Saritama.

No segundo tempo o Quito continou dando as cartas, mas pecava nas finalizações. O Chivas ia tão mal na partida que sequer dava a pinta de ter forças para empatar. No finzinho do jogo, aos 47 minutos, o goleirão Elizaga, que fazia ótima partida até então, vacilou. Errou a saída do gol no cruzamento e deixou Arellano fazer o tento. Não sem antes chocar-se com o atacante e ter que ser substítuido. Final de jogo: um injusto 1 a 1, mas que deixa otimismo para os chullas.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Libertadores - Dia 6

Sem qualquer tipo de problema, o Peñarol passou pelo Caracas na abertura do sexto dia da Libertadores. A Unión Española, por outro lado, sofreu, mas passou pelo Tigres em uma classificação que tinha tudo para não ocorrer.

Caracas 1x1 Peñarol
Local: Estadio Olímpico, Caracas
Gols: Peraza | Estoyanoff
Caracas: Vega; Amaral, Peraza, Machado e Briceño; Jiménez, Guerra (González), Gómez (Otero), Meza e Uribe (Peña); Ferreira
DT: Ceferino Bencomo
Peñarol: Carini; Álvez, Valdez, González e Rodríguez; Estoyanoff, Freitas, Aguiar (Albín) e Cristóforo (João Pedro); Mora (Novick) e Zalayeta
DT: Gregório Pérez

Só uma tragédia seria capaz de tirar do Peñarol a vaga no grupo 8 da Libertadores após a vitória por 4 a 0 no Uruguai. Tranquilos, os carboneros entraram em campo na Venezuela com a mesma determinação da partida de ida. Aos poucos controlaram o jogo e saíram na frente, com Estoyanoff no minuto 27. O Caracas nada fez para tentar reverter a enorme vantagem, de forma que o jogo acabou se tornando muito chato. No segundo tempo os aurinegros diminuíram o ritmo, mas mesmo assim o Caracas só foi capaz de fazer algo aos 32 minutos. Fim de jogo. Um a um no placar e Peña classificado.


Tigres 2x2 Unión Española
Local: Estadio Universitario, Monterrey
Gols: Pulido (2x) | Herrera e Jaime
Tigres: Fernández; Borelli, Kontogiannis, Rivas e Navarro (Garza; Dueñas, Bornstein, Acuña (Pacheco) e Acosta; Pulido e Cerda (Valencia)
DT: Ricardo Ferretti
U.Española: Lobos; Leal, Ampuero, Olarra e Alarcón (Scotti); Villagra, Cordero e Barriga (Madrid); Jaime, Herrera (Pineda) e Díaz
DT: José Luis Sierra

O primeiro jogo havia sido frustrante para o time da Unión Española. Jogando contra os reservas do Tigres em casa, os rojos de Santa Laura só conseguiram vencer por 1 a 0, levando uma vantagem muito discreta para decidir a vaga no México. Os piores pesadelos se tornaram reais logo aos 14 da primeira etapa, com gol de Alan Pulido. Aos 22, Pulido fez o 2 a 0 que minava demais as chances da Unión ir à segunda fase da Libertadores. Mas um lance mudou toda a história do jogo. Aos 37 minutos Rivas fez pênalti e foi expulso pelo lado do Tigres. Na cobrança, Herrera fez o gol, que dava aos chilenos novamente a classificação.

No segundo tempo os mexicanos bem que tentaram ir para cima, mas a Unión se defendeu bem. Aos 22, porém, o jogo ficou 10 contra 10, após a expulsão do atacante Diáz. A expectativa era de que o Tigres conseguisse mais chances, mas a Unión é que melhorou com a igualdade númerica e cinco minutos depois Jaime aproveitou cruzamento de Barriga para empatar o jogo. O Tigres não teve força para buscar mais nada e ficou fora da Libertadores. A Unión entrou no grupo 3 da Libertadores, ao lado dos conterrâneos da Católica, do Júnior e do Bolívar
Alá! Emanuel Herrera, de pênalti faz o gol da U. Española. Tigres 2x1. No lance, zagueiro do Tigres foi expulso. Expulsão na Unión Española também. Falta feia de Díaz por trás. 10 contra 10 e o Tigres é melhor no jogo. 2 a 1 para os mexicanos.
Gol da U. Española! Barriga cruza e Sebástian Jaime faz de cabeça. Tigres 2x2 U.Española. Tigres precisa fazer dois pra classificar

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Libertadores - Dia 5

O dia dos brasileiros na primeira fase da Libertadores prometia ser difícil, mas acabou terminando com a classificação de Inter e Flamengo com poucos sustos.

Flamengo 2x0 Real Potosí
Local: Estádio João Havelange, Rio de Janeiro
Gols: Léo Moura e Ronaldinho
Flamengo: Felipe; Léo Moura, Wellinton, David e Júnior César; Willians, Luiz Antônio, Renato (Camacho) e Bottinelli (Muralha); Ronaldinho e Deivid (Negueba)
DT: Vanderlei Luxemburgo
Real Potosí: Lapczyk; Jiménez, Alarcón, Centurión, Rivero e Ovando (Pol); Michelena (Tudor), Ortíz (Angola) e Sejas; Yecererotte; Brittes
DT: Victor Zwenger

A obrigação do gigante Flamengo vencer o Real Potosí foi a tônica do jogo. Sabendo da responsabilidade rubro-negra os bolivianos trancaram o time atrás, jogando com três zagueiros e apenas um atacante. Sabendo da própria responsabilidade o rubro-negro foi com tudo para o ataque. Apesar de uma insipidez visível, o Flamengo criou chances e abriu o placar com Léo Moura, de cabeça, aos 39 minutos da primeira etapa. O gol definiu a partida.

No segundo tempo o Potosí buscou o ataque de maneira muito discreta, enquanto o Flamengo, em péssimo momento, se contentou com o 1 a 0 mesmo com a superioridade em relação ao adversário. No fim do jogo, com os dois times cansados e o Potosí derrotado, Ronaldinho fez boa jogada e decretou o 2 a 0 que colocou o Flamengo no grupo 2 da Libertadores.


Once Caldas 2x2 Internacional
Local: Estadio Palogrande, Manizalles
Gols: Núñez e González | D'Alessandro e Tinga
O.Caldas: Martínez; Ramos, Álvarez (del Valle), Amaya e Casierra (Cuero); Núñez, Acosta, Rivas e González;, Pajoy e Beltrán (Reinoso)
DT: Pompilio Páez
Internacional: Muriel; Moledo, Índio, Nei e Kléber; Guiñazú e Bolatti; Oscar (Fabrício), D'Alessandro e Tinga (Elton); Leandro Damião (Dagoberto)
DT: Dorival Júnior

Para quem precisava de apenas um gol para levar a decisão para os pênaltis, o início do jogo foi uma dádiva ao Once Caldas. Aos 3 minutos de jogo a equipe já vencia e só precisava administrar o jogo para tentar seu segundo gol. No entanto, a falta de tranquilidade e de decisão dos blancos foi maior. D'Alessandro empatou de pênalti aos 11 minutos. Aos 24, Tinga, livre, fez após bela jogada de D'Ale. O Once voltou a se encontrar e colocou a igualdade de novo no placar, mas precisava naquele momento de dois gols.

No segundo tempo os colombianos tiveram diversas chances de passar à frente do placar. Deram outras tantas ao Inter, é verdade, mas não conseguiram nada e foram eliminados da Libertadores. Melhor para os brasileiros, que entram no grupo 1 e devem ter poucos problemas para classificar.