domingo, 29 de outubro de 2017

Ida, volta e revolta; o Santos de 2013 para cá

26 de maio de 2013.  O atacante Neymar faz seu último jogo com a camisa do Santos no empate por 0 a 0 com o Flamengo.  Era a estreia do time no Campeonato Brasileiro 2013.

31 de maio de 2013.  O técnico Muricy Ramalho é demitido pelo Santos após a derrota por 2 a 1 para o Botafogo na segunda rodada do Brasileirão. A diretoria alega fim de um ciclo e necessidade de renovação após o título da Libertadores 2011 e campanhas medianas nos campeonatos nacionais de 2011 e 2012. O time da conquista continental, no entanto, já havia sido dissolvido há muito tempo com contratações questionáveis de Muricy tendo muito mais espaço do que a base ou jogadores ainda no auge. Eram os casos de Gerson Magrão, Marcos Assunção, Miralles, Ewerton Páscoa, Patito Rodriguez e Willian José.

Para o lugar de Muricy Ramalho a diretoria do Santos, então encabeçada por Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, decidiu implementar uma solução caseira. Assim, Claudinei Oliveira, comandante do sub-20 no título da Copinha 2013, foi o escolhido para encerrar o ano e preparar a terra para o próximo treinador. Com ele atletas da base tiveram um pouco mais de espaço, casos de Geuvânio, Alan Santos e Gustavo Henrique. Claudinei, no entanto, não agradou o suficiente para ficar e  Oswaldo de Oliveira chegou com o renome e o status por um bom trabalho com jovens no Botafogo.

Apesar do vice-campeonato do Paulistão, a passagem - e as declarações de Oswaldo - nunca encantaram os dirigentes do Santos, enquanto a insistência com Leandro Damião levou muitos fãs à loucura durante aquele período. Em setembro o treinador foi demitido e a diretoria buscou Enderson Moreira para tentar algo diferente na reta final da temporada. Saía o renome, chegava a novidade. Mesmo com o retorno de Robinho e alguns bons resultados, no entanto, o Santos foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil e terminou o Brasileirão em nono lugar.

No início de 2015, Modesto Roma Júnior assumiu um Santos em frangalhos. Por conta do atraso no pagamento de salários, Mena, Aranha, Arouca e Leandro Damião deixaram a agremiação por via judicial sem render um único centavo ao Peixe. O presidente manteve Enderson Moreira, meio que a contragosto, até pela falta de recursos, mas a convicção não durou muito. Em março, Enderson já estava fora do Peixe sob a acusação de maltratar jogadores e desagradar às lideranças do elenco, como o atacante Robinho, por exemplo.

O caso pegou muito mal, mas foi a primeira demonstração da força dos jogadores sob essa gestão. Modesto Roma Júnior entendeu que o melhor seria ouvi-los e garantir o bom clima nos vestiários. Após o "ditador" Enderson, uma nova solução caseira, tal qual Claudinei Oliveira, foi efetivada: Marcelo Fernandes, sem nenhuma experiência como treinador, mas muito amigo dos jogadores. A aposta deu resultado e o Santos foi campeão paulista  nos pênaltis contra o Palmeiras. Só bom vestiário, no entanto, não garantiu os bons resultados, sobretudo com a saída de Robinho rumo ao futebol chinês e o Peixe caiu para a zona de rebaixamento. Depois do amigo da galera, era necessário apostar num trabalho de novo e Dorival Júnior foi contratado.

Inicialmente, sem grandes peças, o técnico escolheu a solução mais adequada para o momento e atletas à disposição: promoção de jogadores da base e contragolpe. Thiago Maia passou a ganhar chances, Zeca foi salvo de um iminente exílio nos Estados Unidos e com um Renato seguro e um lépido Lucas Lima acionando Geuvânio, Gabigol e Ricardo Oliveira, o Peixe foi vice-campeão da Copa do Brasil e sétimo colocado no Brasileirão. O estilo de jogo, no entanto, era reativo, baseado na velocidade e solidez defensiva.  

Para a temporada 2016 o Santos perdeu Geuvânio e o décimo segundo jogador Marquinhos Gabriel, enquanto as reposições para o ataque foram bem aquém do desejado. Coube a Dorival Júnior buscar na base, mais especificamente no time sub-23, o meia Vitor Bueno. O atleta, no entanto, não era um velocista nato e sim um meia aberto pelo lado, o que, aliado ao maior tempo de trabalho, permitiu ao técnico santista ir alterando aos poucos o estilo da equipe; saía a velocidade desmedida, chegava a criação com posse de bola.  Os laterais Zeca e Victor Ferraz passaram a ser incentivados a buscar o meio com a bola, enquanto Renato segurava a bronca de um lado e Maia do outro.  Dorival, no entanto, não contou com o mesmo Ricardo Oliveira de 2015 e ainda perdeu Gabigol para a Inter de Milão em junho.  

Para a vaga dele veio Copete, de qualidade técnica bem inferior. Ainda assim o Peixe se manteve extremamente competitivo.  Dorival passou a ousar mais também, com Renato recuando para terceiro zagueiro, Citadini entrando como único volante, Yuri ganhando chances como defensor, Longuine e Jean Mota se tornando opções vindas do banco... O Santos foi vice-campeão brasileiro e a expectativa era de que o modelo evoluísse ainda mais em 2017 com as chegadas de Bruno Henrique e de reservas mais qualificados. 

Dorival Júnior, no entanto, não contava com a queda vertiginosa de Ricardo Oliveira, Renato e Zeca, além de não imaginar que a direção daria carta branca para reclamações dos jogadores e cobranças da torcida organizada.  Resultado: demissão e efetivação de um novo amigo da galera.  Elano, acusado - embora sem provas - de ter feito a cama para a saída de Dorival, desfez tudo que o técnico anterior tinha aprontado. O estilo de toque de bola saiu de cena e voltou o contragolpe. A mudança fez muito bem ao Santos e foi mantida por Levir Culpi, outro comandante que valoriza o bom ambiente acima de tudo.  O número de folgas e rachões mais que dobrou, assim como as vitórias.  

O bom futebol, no entanto, estava longe... Na base dos milagres de Vanderlei e das grandes atuações de Bruno Henrique, o Santos se colocou como desafiante do Corinthians no Brasileiro e chegou às quartas de final da Libertadores. A segunda partida contra o Barcelona de Guaiaquil, porém, foi um dos piores momentos da passagem de Levir pelo Santos. Ali era necessário controle para manter o 1 a 1 conquistado fora de casa. Mas esse Santos não era o do controle, era um Santos que dava passos para trás na concepção de jogo. O contragolpe já havia sido superado no período Dorival, mas retornou e não voltou a ser questionado. É bem verdade que Levir não teve muitas peças para questionar esse jeito de atuar, mas a insistência no duo folga e rachão sequer fez alguma força nesse sentido. No entanto, digo que o objetivo aqui não é comparar técnicos, mas sim o processo. 

Levir foi demitido por atuações ruins do time dele, mas também pelo excesso de folgas, no que era uma tentativa de ter o grande ambiente acima de tudo. Agora, o Santos vai com Elano até o final do ano, mas precisa saber para onde quer ir a partir de 2018.

De 2013 para cá o clube fica indo e vindo em três direções no que se refere a treinadores: aposta, amigão dos jogadores e trabalho estruturado. A aposta Claudinei Oliveira foi testada e desaprovada, dando lugar a Oswaldo de Oliveira, que deveria fazer trabalho estruturado de longo prazo, como fez no Botafogo. A ele se seguiu a aposta Enderson Moreira, reprovada, e que deu lugar ao amigão da galera Marcelo Fernandes. Quando acabou o efeito bom clima, vem Dorival e o trabalho estruturado, mas ele é substituído por Levir Culpi, amigão da galera de novo. Quando ele não dá mais certo vem a aposta: Elano e assim vamos... 

Pela ordem a próxima escolha é pelo trabalho estruturado, mas é necessário que tal forma receba carta branca e total apoio da presidência. Enderson Moreira bateu de frente com os jogadores e perdeu... Dorival teve que aguentar torcida organizada no CT e reclamações públicas de Ricardo Oliveira sobre o clube, além do esfumaçado caso Elano. Já Levir foi demitido pela diretoria, mas segurado pelos jogadores... Ou seja, se o processo for mantido, quem é que escolherá o novo treinador? 

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Saga FM: Rio Ave/Celta/Everton - Capítulo 7

Pegar um time na zona do rebaixamento era uma experiência nova para mim. Não porque sou muito bom ou qualquer coisa do tipo, mas sim porque normalmente estou no meio de tabela buscando algo mais. Bom, chegamos no Everton em dezembro de 2020 com o time no Z-3... Uma equipe com alguns bons valores como os atacantes Derlis González e Danny Ings, o meia Pizzi, o zagueiro Brooks, os laterais Seamus Coleman e Jonathan Silva, o meia Kishna  e o volante Alex Song, entre outros. Todos, no entanto, em péssima fase.... Nosso goleiro não era bom: o francês Baptiste Reynet

Bom, primeira coisa que fiz foi recriar o 3-3-1-3 do Celta, mas com algumas mudanças em relação ao desenho anterior... Os alas subiram para uma segunda linha. Os pontas viraram wingers com attack e no meio o camisa 10 passou a ser um enganche.  Lá atrás, decidi colocar um Libero, uma função que não usei ainda no Football Manager, mas que em tese desempenha o que queremos: um zagueiro da sobra capaz de avançar quando o time tiver a bola. Lendo na internet também vi que alguns fanáticos pelo FM conseguiram fazer funcionar o Inverted Wing Back no FM 16 com atletas de pés invertidos... Ou seja, mais do que Inverted Wing Backs canhotos na esquerda cortando pro meio, algo que a engine do jogo não faz, o que funciona é Inverted Wing Back canhoto pela direita e destro pela esquerda. O problema é treinar atletas para isso.... 

Bom, eu também busquei reforços no mercado, já que o time, apesar de capenga na tabela tinha cerca de 50 milhões de euros para gastar. A quantia aumentou ainda mais quando vendi o jovem Lewis Cook para o Arsenal por 60 milhões. Eu não queria abrir mão do meia, mas ele já ficou de bico quando recusei a primeira oferta. Com o dinheiro adquirido comprei: 

O meia Gylfi Sigurdsson, que no FM 16 não chegou a defender o Everton antes que o meu Everton chegasse nele. Na verdade ele veio de graça depois de deixar o Swansea. 


O winger Nacer Chadli veio do Tottenham por 1 milhão e 600 mil euros



O volante Ignacio Camacho trocou o Manchester City pelo Everton por 2 milhões e meio de euros e chegou acompanhado de Luciano Vietto, que estava encostado nos Citizens e que custou uma nota: 18 milhões e meio de euros! 

Já para o gol veio Steve Mandanda, que era banco do Marseille por causa da idade avançada.  Falando em idade avançada.... Antes de o Everton fazer isso na realidade eu trouxe de volta Wayne Rooney!  Mas para um rol secundário... Estamos em 2020 afinal! 


Bom, comprei também alguns jovens pro futuro, com especial destaque para o regen Josh Overson, centroavante do Aston Villa de 20 anos que chega ao clube por 13 milhões e meio de euros. 

Aos resultados:


Não está mal huh?!  Interessante ver o 3-3-1-3 funcionando!  Claro, as eliminações na Copa da Inglaterra, Copa da Liga e Liga Europa não foram legais, mas a prioridade era salvar o time do rebaixamento e nesse sentido as atuações de Sigurdssson e principalmente Vietto foram essenciais para essa arrancada. 




Com tudo isso, não só salvamos o Everton do descenso, como ainda conseguimos uma posição quase no meio de tabela: 


E o time da temporada foi esse - lembrando que metade do campeonato foi com o ex-treinador, Roberto Martínez e a formação dele:




Razoável não? Vejam os gols de Derlis González  e Vietto e a média de Sigurdsson! Foi mais ou menos isso o meu time. Na próxima temporada vamos tentar uma conquista de Copa! 

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Saga FM: Rio Ave/Celta - Capítulo 6


Depois do sexto lugar no Campeonato Espanhol e em linha com o projeto do Celta quando da nossa contratação, iniciei a temporada 2020-21 com o objetivo de rejuvenescer o elenco e trazer jogadores de potencial que pudessem elevar o time de patamar num futuro próximo. 

Na última temporada já haviam chegado os regens Julian Angulo, ponta direita colombiano que veio do Santa Fe por 350 mil euros, e o zagueiro/lateral Jesús Lunari, que chegou do Newell's Old Boys gratuitamente. Ambos tinham avaliação de potencial quatro estrelas! 

Nessa temporada chegaram, na mesma linha de pensamento - e de regens - o centroavante Max Lambert Ekwalla, de 18 anos, que veio do Kadji Sport Academies de Camarões, o goleiro Troy Gouffran de 20 anos que veio do CS Sedan Ardennes da França e o turco Serhan Barutçu, volante de 20 anos que estava no Bursaspor e que chega por 675 mil euros. 

Esses jovens e outros que já estavam no time aguardando por mais oportunidades como o meia Alex Ubeira, o também meia Roberto Pérez e o zagueiro Ivan Goméz, ambos regens, devem formar os reservas do time, com a equipe que encerrou o ano passado sendo quase a mesma - sem Aspas que deixou o clube ao final do contrato por não termos ido à Liga dos Campeões -, mas com reforços de algum peso como:


Andreas Pereira! Meia que na realidade está no Valencia e que jogou no Granada na última temporada, mas que no FM veio de graça do Stoke City

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Vicente Iborra, que enfim deixou o Sevilla no FM e que chega de graça ao Celta de Vigo! 


Sheyi Ojo, atacante de lado de campo que veio de graça do Liverpool, e Joel Ward, lateral inglês de 31 anos que estava no Everton, que joga nas duas e que será essencial para usarmos uma variação interessante com alas de pé invertido. 

Por outro lado deixaram o clube o lateral-direito Douglas, o atacante Beauvue, o goleiro reserva Blanco e o volante Sérgio Álvarez, homônimo do nosso goleiro. 

Decidi iniciar a temporada com o 3-3-3-1 que estava tentando aperfeiçoar. Lembrem-se: no papel era um 5-2-2-1, mas na movimentação ficava quase o que queríamos. Antes de iniciarmos a pré-temporada, no entanto, houve o anúncio de que o clube estava trocando de dono e que por isso não poderíamos mais contratar. Paciência...

Iniciamos os amistosos com 

Sérgio Álvarez  (SK-A) 

Ward (Inverted Wing Back - S), Héctor Herrera (BPD-Stopper), Amat (BPD-C), Lunari (BPD-Stopper)  e  Milton Casco (Inverted Wing Back - S) 

Radoja (Ball Winning Midfielder -S) e Andreas Pereira (CM-A) 

Drazic (IF-A)                                                        Perisic (IF-A)

Borja Bastón (TM-A) 


E os resultados da pré-temporada foram uma vitória por 3 a 2 contra o Everton, uma derrota por 3 a 1 para o meu ex-time, o Rio Ave, e uma vitória por 1 a 0 contra o Bilbao. Até que de repente.... 


... 
...
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Pois é... De nada adiantou o meu sexto lugar na última temporada e ideias para essa... O novo dono do Celta, Jeremy Peace, decidiu me demitir e contratar Luciano Spalleti.  Fiquei pê da vida... Tantos planos, tanto tempo scouteando o mercado...  

Vida que segue.... Passaram-se quase cinco meses até que alguns clubes viessem atrás de mim.  O primeiro foi o Torino, que já havia me procurado no passado. A princípio me mostrei interessado, mas não houve acordo pois eles queriam jogar futebol defensivo e com contratações de peso e eu não queria isso.  Depois foi o Ajaccio da França, mas queriam futebol defensivo e de bola parada, enquanto no  Málaga, que estava na segundona espanhola estava tudo bonito: seria interessante devolver o time à divisão de cima e usar o grande orçamento para montar um time com jovens de potencial. No entanto, eles é que não quiseram... 

Até que veio o Everton! Enjaulado na zona do rebaixamento da Premier League e que enfrentava dificuldades desde que caiu para a Championship na temporada 16-17 (!!!!). Ainda assim era um clube rico e com as mesmas ideias de futebol que as minhas: 

- Jogar pra frente
- Contratar jovens
- Desenvolver jovens 
- Jogar com a posse de bola

Dessa vez houve acordo!  



Chegamos ao Everton na zona do rebaixamento com a missão de impedir um novo descenso na história do clube. Será que conseguiremos? 




sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Uma explicação para o vareio do Galo contra o São Paulo

O vareio do Atlético Mineiro contra o São Paulo no primeiro tempo do jogo no estádio Independência merece atenção especial pela forma como se deu. Embora as teses sobre capacidade de Dorival Júnior, compromisso dos jogadores e outros tanto fatores extra-campo tenham sido reproduzidas, no campo bola, o que fez a diferença foi a intensidade do setor ofensivo do Atlético e as constantes trocas de posições do trio de frente com o apoio dos laterais. 

Em relação ao esquema tático, os dois times entraram da seguinte maneira:

O São Paulo no 4-1-4-1 usual e o AtléticoMineiro no 4-2-3-1. A diferença, no entanto, é que Robinho, apesar de inicialmente ser o meia armador central, caiu demais pela esquerda, enquanto Valdívia também foi por ali. Resultado: dois contra o lateral direito Éder Militão, que até se saiu bem, mas que precisava de auxílio.  Não poderia ser Marcos Guilherme, já que Fábio Santos também deveria ser vigiado, o que nos leva a apontar para Jonathan Gómez.  De fato ele poderia ajudar por ali, mas havia também a necessidade de tirar as subidas de Roger Bernardo. Entendo que o posicionamento de Petros era mais importante nessa questão.

De forma alguma estou falando em marcação individual e perseguições pelo campo fora do setor, mas do jeito que a partida foi sendo construída, Petros ficava entre as duas linhas sem ninguém para marcar. Em tese, seria o meia centralizado, mas Robinho caía para a esquerda quase sempre. Por isso Gómez corria de um lado para o outro sem achar ninguém.  Abaixo um dos melhores lances do Atlético, sempre trabalhando na entrelinha, e deixando o São Paulo perdido. 


Aqui Petros acabou cobrindo Gomez, que tinha ido dar combate no lado do campo.  O problema, é que o espaço entre as linhas ficou vazio e Petros, que normalmente estaria por ali, não estava em Valdívia.  No caso, a bola de Roger Bernardo foi para Robinho, que bateu para o gol obrigando Sidão a grande defesa. No rebote, Fred perdeu.



Já aqui, Cazares veio jogar junto com Robinho. Dois pelo mesmo lado, com Valdívia entrando nas costas da zaga e Robinho metendo bola primorosa. 

Aqui o contrário... Robinho cai para a direita e a bola vem no segundo pau para Valdívia chegar batendo.  

Houve muitas outras situações de dois meias pelo mesmo lado e inversão rápida de jogo, mas os melhores momentos do Globo Esporte.com nos limitam um pouco para chegar a frames táticos melhores. O ponto é: dupla pelos lados quebraram a marcação do São Paulo e inversões rápidas de jogo deixaram o sistema defensivo em parafuso. Não foi uma boa atuação do tricolor, mas os méritos do Galo para que isso ocorresse são inegáveis, bem como a intensidade e a "fome" colocada pelos atletas de Oswaldo de Oliveira no confronto em casa.

Por incrível que pareça, no entanto, o gol do Galo sai de uma cobrança de lateral. No entanto, mesmo neste lance é possível notar Cazares e Robinho próximos e Valdívia fazendo a diagonal.  



Difícil apontar como deveria ser a marcação neste lance, posto que não há impedimento no lateral. Acredito que o maior erro tenha sido a precipitação de Bruno Alves. Valdívia sem ângulo tinha muito menos chances de anotar, do que Fábio Santos na marca da cal

Depois do gol o São Paulo passou a trabalhar mais a bola - também com permissão do Galo, que baixou as suas linhas - e até teve chances de empatar. Pratto duas vezes parou em Victor e Jucilei no último lance demorou demais para girar e chutar.  É verdade também que o Atlético poderia ter feito o segundo, mas são riscos que o São Paulo precisava correr naquele momento.