quarta-feira, 11 de março de 2015

O trabalho messiânico de Muricy Ramalho

Me cansam demais as análises passionais sobre o futebol . Entendo quem as prefira, mas não comparto. Por isso farei meu compilado aqui sobre o trabalho de Muricy Ramalho desde o seu retorno ao São Paulo. Quero deixar de falar tantas vezes as mesmas coisas no meu Twitter e por isso farei deste o texto definitivo (de minha parte) sobre o tema...

A salvação

O tetracampeão brasileiro retornou ao tricolor paulista em um dos piores momentos da história do clube do Morumbi. Em 2013 a equipe estava lutando contra o rebaixamento e a fogueira das vaidades minava internamente um clube que naquele mesmo ano esteve nas oitavas de final da Libertadores e que ainda possuía um elenco no mínimo capaz de brigar novamente por uma vaga no torneio continental.

Figura inquestionável - por méritos e carisma - dentro do São Paulo, Muricy Ramalho fez o simples: devolveu a confiança aos atletas, virou para-raio das críticas e tirou o tricolor da incômoda situação. Foi um trabalho perfeito para o momento e por isso o treinador e direção merecem todos os elogios. Não é possível, no entanto, afirmar que nenhum outro comandante seria capaz de fazê-lo. Como dissemos, o elenco tricolor tinha naquele momento nomes de qualidade no mínimo melhor que outros 10 concorrentes do Brasileirão.

Só pra lembrar, no retorno de Muricy ao clube, a escalação foi a seguinte: Rogério, Rodrigo Caio, Paulo Miranda e Antônio Carlos; Caramelo, Denílson, Maicon, Ganso e Reinaldo; Welliton e Luis Fabiano

Além de salvar a equipe, Muricy Ramalho teve na Sul-Americana daquele ano a possibilidade de voltar a conquistar um título com a equipe do coração. Os esforços, que contaram com atuações memoráveis de Rogério Ceni contra a Universidad Católica, porém pararam nas semifinais diante da Ponte Preta. Jogando no Morumbi, o São Paulo sofreu uma vexatória derrota por 3 a 1 de virada. Ali a equipe foi a seguinte:  Rogério; Paulo Miranda, A.Carlos, R.Caio e Reinaldo; Denílson, Maicon, Lucas Evangelista e Ganso; Aloísio e Ademílson.

Na volta um desmotivado São Paulo apenas empatou com a Ponte Preta por 1 a 1. A partida foi em Mogi pois a diretoria tricolor bateu o pé para tirar o confronto do Moisés Lucarelli alegando falta de capacidade para o público. Após a eliminação, o técnico Muricy Ramalho disse que ganhar o torneio nunca foi prioridade e desmereceu o valor da Sul-Americana. O treinador foi perdoado.

Trabalho começando do zero

Chegou 2014 e com ele o prognóstico de um ano à altura de Muricy Ramalho no São Paulo. Podendo realizar um trabalho desde o início, o treinador contou com um elenco melhor que o de 2013. Vieram os laterais Luis Ricardo e Álvaro Pereira, o volante Souza e os atacantes Alexandre Pato e Pabón. O desempenho no Campeonato Paulista foi positivo e contou inclusive com uma vitória por 3 a 2 contra o Corinthians, o mais recente triunfo da equipe diante do maior rival. Ali o time teve: Rogério Ceni; Douglas, Rodrigo Caio, Antônio Carlos e Álvaro Pereira; Souza, Maicon e Ganso; Pabón, Osvaldo e Luis Fabiano

A campanha, porém, parou novamente em um time de menor qualidade técnica: o Penapolense. Nas quartas de final, a equipe tricolor caiu nos pênaltis depois de um 0 a 0 no tempo normal. Ali o time foi escalado com Rogério Ceni; Douglas, Rodrigo Caio, Antônio Carlos e Álvaro Pereira; Wellington, Maicon e Ganso; Pabon, Luis Fabiano e Osvaldo. Os erros nas cobranças da marca da cal absolveram o treinador uma vez mais. 

Veio a Copa do Brasil e o confronto contra o Bragantino parecia fácil para os estelares tricolores. Os problemas na bola aérea, no entanto, sugeriam cuidado para o jogo. Depois de uma vitória por 2 a 1 fora de casa o tricolor só precisava de um empate para fazer o serviço. Não conseguiu... No Morumbi, Muricy Ramalho decidiu mandar alguns reservas a campo, incluindo Luis Ricardo na lateral direita. O ala levou um baile de Rildo e Uendel e o São Paulo perdeu de virada por 3 a 1. Naquela ocasião a equipe foi a campo com: Rogério Ceni; Luis Ricardo, Edson Silva, Paulo Miranda e Álvaro Pereira; Souza, Maicon e Ganso; Ademílson, Osvaldo e Pato. O técnico foi absolvido pela falta de tempo para montar a equipe ideal e pela "falta de raça" dos comandados. 

O auge no Brasileirão

Veio o Brasileirão, competição preferida de Muricy Ramalho. Antes da Copa, o São Paulo fez o que dele se esperava, mas com algumas oscilações no caminho. Houve derrotas emblemáticas como o 5 a 2 para o Fluminense. O tricolor tinha ido para o intervalo com o 2 a 1 no marcador, mas conseguiu levar quatro gols e um show de Walter no segundo tempo. A falta de reação às mudanças de Cristóvão Borges foram um ponto importante para a derrota do time, que teve: Rogério; Paulo Miranda, Lucão, Antônio Carlos e Reinaldo; Souza, Maicon e Ganso; Pato, Osvaldo e Luis Fabiano. 

Veio a Copa do Mundo e na sequência Muricy Ramalho recebeu Rafael Tolói, Kaká, Michel Bastos e Alan Kardec. Com o elenco encorpado e a mudança do esquema para o 4-2-2-2, com Kaká e Ganso na criação, o tricolor sofreu contra as retrancas de Figueirense, Criciúma, Goiás e Chapecoense, mas também mostrou muita qualidade para empilhar vitórias e inclusive bater o Cruzeiro no confronto direto. As melhores características do time eram a marcação bem feita e saída de jogo apurada dos dois volantes e a entrega de Kaká na marcação e organização do time. As movimentações do pentacampeão mundial davam dinâmica para o ataque mais pesado e permitiram que o São Paulo jogasse um futebol bonito muitas vezes. Muricy Ramalho nunca escondeu: a chegada de Kaká acertou o time, tanto dentro quanto fora de campo. 

A arrancada, porém, parou logo na rodada seguinte ao triunfo contra o Cruzeiro, com a derrota para o Coritiba, que lutava contra o rebaixamento. O jogo foi 3 a 1 para o Coxa de virada. Todos os gols dos paranaenses vieram no segundo tempo contra um tricolor que teve Denis; Auro, Toloi, E.Silva e Álvaro Pereira; Denílson, Souza, Ganso e M.Bastos; Pato e Kardec. Ali a reação são-paulina foi parada e o tricolor não conseguiu mais chegar de fato no campeão Cruzeiro. O tricolor ficou com o vice tendo um dos quatro melhores elencos do país (na minha visão, o segundo...). 

Sobrou a Copa Sul-Americana e os desempenhos foram uma verdadeira montanha russa. Começou com a derrota por 2 a 1 para o Criciúma na estreia e passou para o tricolor sofrendo demais para bater o Huachipato por 1 a 0 no Morumbi. Foi uma partida em que os chilenos pressionaram a saída de bola o tempo todo, minando completamente o estilo de jogo de Ganso, Kaká e companhia. Na sequência, diante do Emelec, o São Paulo abriu 3 a 0 no Morumbi, permitiu o 3 a 2 e no fim venceu por 4 a 2. No Equador perdeu por 3 a 2 depois de sofrer um gol no primeiro minuto de jogo. Por fim, diante do Atlético Nacional, caiu na Colômbia por 1 a 0 jogando com: Ceni; Hudson, Tolói, E.Silva e Bastos; Denilson, Souza, Ganso e Kaká; Luis Fabiano e Kardec.

Na ocasião o técnico Muricy Ramalho e seus comandados culparam o cansaço da maratona de jogos e da viagem a Medellín. Justo, não fosse a insistência em manter sempre o mesmo time e não dar rodagem no ótimo elenco que tinha. Por isso mesmo surpreendeu a decisão da comissão técnica de levar todos os titulares a Cuiabá para participar de um jogo insosso contra o Santos. O clássico foi entre as duas partidas da Sul-Americana e certamente não contribuíram muito para o confronto da volta no Morumbi. O São Paulo fez uma boa partida, mas errou muito nas finalizações e não conseguiu fazer mais que 1 a 0. Nos pênaltis, deu Atlético Nacional. Ali a equipe foi escalada com: Rogério Ceni; Hudson, Toloi, Edson Silva e Alvaro Pereira; Denilson, Souza, Kaká (Alan Kardec), Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos (Osvaldo); Luis Fabiano. Perder nas penalidades uma vez mais serviu para o técnico não ser questionado.

2015 chega e o São Paulo regride

O sorteio da Libertadores colocou o São Paulo no grupo do atual campeão do torneio e do vencedor de Corinthians e Once Caldas. Foi motivo suficiente para o tricolor seguir abrindo o bolso para dar o elenco pedido por Muricy Ramalho. Vieram o zagueiro Dória (defensor canhoto pedido pelo treinador), os laterais Bruno e Carlinhos, o volante Thiago Mendes e os atacantes Jonathan Cafu e Centurión. Por outro lado saíram Álvaro Pereira, Osvaldo, Kaká e Ademílson. Ou seja, o grupo estava da forma como o comandante pediu e ainda mais qualificado que em 2014. O time base foi mantido, exceção feita às laterais, mas mesmo com um período maior de preparação na pré-temporada o futebol caiu...

O 4-2-2-2 dos melhores momentos de 2014 foi inicialmente mantido, desta vez com Michel Bastos (de desempenho técnico superior ao de Kaká) no lugar do pentacampeão. Em que se pese a grande quantidade de gols marcada no início do Paulistão, o São Paulo seguiu seu caminho de oscilação. Contra o XV de Piracicaba, por exemplo, venceu por 2 a 0, mas sofreu demais com a marcação adiantada do adversário. No clássico contra o Santos teve que contar com mais uma inspiradíssima atuação de Rogério Ceni para sair da Vila Belmiro com um 0 a 0. O jogo marcou a inusitada escalação de Ewandro como titular em sua primeira partida na temporada. Na coletiva pós-jogo Muricy culpou a falta de velocidade e "penetração" da equipe.

O sinal de alerta estava ligado, mas os treinos da comissão técnica indicavam o contrário. A sequência regenerativo, coletivo com três times e rachão imperava mesmo às vésperas da estreia na Libertadores contra o Corinthians e com a chegada de um reforço que seria titular; o zagueiro Dória. O último teste antes de atuar contra o maior rival era diante do Bragantino. Muricy Ramalho deu descanso aos titulares e mandou a equipe a campo com um inédito 3-5-2.  Dória, que dias depois seria zagueiro pela esquerda, foi o atleta da sobra na linha defensiva. Boschilia e Thiago Mendes ocuparam as alas, Maicon foi o jogador de maior criação e Centurión, Pato e Kardec formaram o setor de frente. O São Paulo goleou por 5 a 0 em sua melhor atuação coletiva da temporada - em que se pese o nível baixo do adversário - dando indícios de que o técnico do tricolor poderia mudar o time para o jogo contra o Corinthians.

Muricy mudou sim, mas para um sistema completamente novo, que ainda não havia sido testado antes: três volantes (Maicon, Souza e Denílson) e com Michel Bastos na lateral. A atuação foi vergonhosa e o São Paulo não representou nenhuma ameaça ao Corinthians. O técnico são-paulino uma vez mais evitou assumir a responsabilidade e falou sempre no plural sobre o que não deu certo. Por fim disse a seguinte frase: "Nós acreditamos na nossa técnica". Ou seja... O São Paulo ACREDITOU.

De volta ao Paulistão o time goleou o Audax e na Libertadores fez um 4 a 0 no Danubio. Com tom de vindicado, Muricy Ramalho bateu nos críticos e boa parte dos jornalistas concordaram que tudo estava melhorando, faltava apenas dar entrosamento à equipe. O técnico disse na coletiva que isso seria feito, mas logo no jogo seguinte  O horroroso empate por 0 a 0 com o Rio Claro no dia 1º de março contou com uma equipe mista, mesmo com os titulares de folga até o fim de semana seguinte. Na coletiva pós-jogo, o técnico do São Paulo culpou as mudanças da equipe titular pela atuação abaixo da média.

Veio o segundo clássico contra o Corinthians e o São Paulo, embora tenha mostrado mais vontade do que no confronto da Libertadores, novamente se mostrou inócuo contra o rival, mesmo com um a mais. Foram 30 cruzamentos e apenas 7 corretos. Foram 10 finalizações, mas apenas três corretas... O melhor atleta em campo? Centurión que foi amplamente criticado pelo treinador antes da partida por uma suposta timidez. No pré-jogo Muricy chegou a dizer que pensava em não levar o argentino para o banco de reservas...

Dois dias depois de mais um fracasso o São Paulo fez um treino de dois toques com quatro times dentro de campo e gols pequenos. Nada a ver com o problema verificado na partida... O São Paulo não teve nenhum problema em trocar passes (foram 440 corretos, inclusive...).

E em meio a tudo isso, Paulo Henrique Ganso virou motivo de debate. É mais uma cortina de fumaça para não ver quais são os reais problemas COLETIVOS do São Paulo... Respostas? Não há. Somente a CRENÇA...

Apêndice 

Vale observar também o quanto o São Paulo está desorganizado fora de campo. Foram uma série de episódios lamentáveis e dignos de clube amador nos últimos meses. Só pra lembrar alguns:

- O presidente Carlos Miguel Aidar dizendo que Kaká interessava por ter todos os dentes na boca

- O presidente Carlos Miguel Aidar acusando o Napoli de usar dinheiro da máfia italiana.

- As cobranças públicas de Muricy por reforços e as respostas públicas de Ataíde Gil Guerreiro e Aidar sobre a necessidade de títulos na temporada

- A presença da namorada do presidente como intermediária de patrocinadores no clube...

- A chegada de um abnegado torcedor que desembolsou 14 milhões de reais para contratar Centurión por amor e que depois virou diretor-adjunto de marketing do clube.

- A ligação ao vivo do presidente para o chefe da torcida organizada, que contratou ônibus para são-paulinos com dinheiro do clube

- A troca da vendedora de ingressos às vésperas de um jogo importantíssimo contra o Danubio no Morumbi, o que levou o Morumbi a um público ridículo de 17 mil pagantes.

- O atraso superior a três meses no pagamento de direitos de imagem

E por aí vamos...






terça-feira, 3 de março de 2015

Jogadores não-modernos


Um dos aspectos mais propalados nas recentes discussões do futebol brasileiro é o chamado "jogador moderno". Nesta definição se encaixam os atletas supostamente capazes de desempenhar trabalhos defensivos e ofensivos com correção. 

Há muito isso deixou de ser moderno e passou a ser obrigatório, mas o nome permanece. 

De toda a maneira, elejo aqui três volantes do histórico recente do futebol brasileiro que carregam um pouco mais esta pecha de atleta moderno: 

Maicon, Cícero e Wesley.


Os três são exaltados pela grande capacidade técnica e valências táticas que os permitem em tese fazer o serviço sujo e armar a equipe ao mesmo tempo. Até por isso, há um grande debate sobre a posição dos três. Maicon é meia ou volante?  Wesley é meia ou volante?  Cícero é volante, meia ou segundo atacante? 

O fato é que as atuações dos três demonstram que contar com um "volante moderno" deste tipo nem sempre é uma boa coisa para o clube. 

Maicon, por exemplo nunca se firmou como titular do São Paulo. O motivo? Apesar de saber dar combate, o time sempre ficava exposto com ele como segundo volante. A tão qualificada saída de jogo - sua melhor qualidade - era um trunfo pro tricolor, mas os espaços dados poucas vezes compensavam o sacrifício dos demais. Maicon, no entanto, também não poderia ser meia-armador centralizado. Não é de sua característica receber a bola de costas ou se movimentar o suficiente para achar os espaços no último terço do campo. Já já voltamos ao Maicon...

Pensem no Wesley. O problema é quase o mesmo. O agora são-paulino sempre diz que prefere jogar de segundo volante e chegou até mesmo a dar indiretas criticando Gilson Kleina por escalá-lo na função de Valdívia. A grande passagem de Wesley pelo Atlético-PR, antes de voltar ao Santos, foi como meia ofensivo, quase um segundo atacante, enquanto os bons momentos de Palmeiras vieram com ele aberto no lado direito em uma linha de três no 4-2-3-1. As características de Wesley, no entanto, impedem que ele seja agudo por ali, valência muitas vezes desejada para aquele tipo de jogador. Como segundo volante, de novo, o time fica exposto. Já já voltamos ao Wesley... 

Por fim, falemos de Cícero. No Fluminense vice-campeão da Libertadores de 2008 ele tinha o apoio de Ygor e Arouca na marcação e de Conca e Thiago Neves na armação. Ou seja, tinha liberdade para marcar pouco e fazer o que mais gosta: entrar na área em progressão, fazer gols de cabeça, finalizar de fora da área. Como segundo volante ele nunca funcionou no São Paulo, tanto é que foi preterido pela dupla Wellington e Denílson, que acertou o tricolor sob o comando de Ney Franco. De novo: os espaços deixados inviabilizaram os grandes desempenhos por ali, enquanto ele sozinho na armação passou por grandes sofrimentos posto que Cícero faz bom trabalho chegando na área, mas não achando espaços nas costas dos volantes para armar o ataque. 

Ou seja, qual a melhor posição para os três? Volante ou armador?  Um híbrido entre os dois! O famoso "terceiro homem" de meio de campo. Foi assim que Maicon surgiu no Figueirense quando divida um setor com os volantes Ygor e Coutinho e o meia Fernandes. Wesley jogou nominalmente poucas vezes nesta função, mas quando era o meia direito aberto no Palmeiras recuava muito e na prática virava um terceiro homem de meio ao lado de Márcio Araújo e Vilson ou Eguren. Já Cícero teve algumas chances com Adílson Batista no São Paulo por ali, mas muito pouco para tirarmos conclusões de fato. 

A questão é... Esse jogador tão moderno assim precisa de um esquema específico para encaixar seu melhor futebol. Isso não parece tão sofisticado assim. Pra jogar com três volantes e manter um meia criativo, o time tem que se adequar a um sistema tático de difícil absorção, o 4-3-1-2... No Brasil é um pouco mais complicado porque os laterais são ofensivos e contam com as coberturas dos volantes para sobreviverem. A ideia não seria essa para aproveitar da melhor forma o meio povoado.

Não são verdades absolutas, apenas constatações... Mas me parece que não vale tão a pena assim contar com estes atletas modernos que precisam de um esquema só pra eles.