terça-feira, 29 de outubro de 2013

O pragmático e competitivo Atlético Nacional

Perguntado sobre o jogo desta quarta-feira entre Atlético Nacional e São Paulo o goleiro do time colombiano, Franco Armani, disse: "Certamente é o jogo mais importante da minha carreira. Pelo tamanho do adversário e possibilidade na competição".

O discurso não é exclusivo do arqueiro argentino de 27 anos, há três no atual campeão da Colômbia. Toda a direção do time de Medellin pensa desta forma. Por isso o Atlético Nacional está há oito dias no Brasil se preparando para a partida no Morumbi. Após a vitória nos pênaltis contra o Bahia em Salvador, titulares, reservas e comissão técnica ficaram no país, deixando o campeonato colombiano para juniores, juvenis.

Mas não é apenas com descanso, gana e preparação que o Atlético Nacional irá a campo nesta noite. A equipe que lidera o Finalización 2013 com apenas duas derrotas em 16 rodadas tem um estilo de jogo competitivo e pragmático que gerou muita resistência da torcida em um primeiro momento. Acostumados ao toque de bola e futebol ofensivo os hinchas verdolagas abominaram os cruzamentos na área e jogo defensivo de Osório, que forjou sua filosofia como assistente de Kevin Keegan no Manchester City e que a aprimorou em passagens pelo Millonarios e Once Caldas (eliminou o Cruzeiro da Libertadores de 2011).

Demorou, mas os resultados convenceram as arquibancadas. Montado no 3-5-2 o Atlético Nacional aposta na saída dos alas Stefan Medina - integrante da seleção colombiana - e Juan Valencia para levar o time à frente. No meio, Mejia - também da seleção - e Bernal protegem o trio de zaga e fazem a pressão no campo adversário. O armador Sherman Cárdenas é o responsável por fazer a bola chegar na dupla de frente, formada por Duque, mais de área, e Guisao, mais veloz.


Outra característica do time é a marcação sob pressão e busca pela retomada da bola. As linhas verdolagas normalmente são adiantadas e o goleiro Armani joga adiantado. A ideia é manter a formação e ganhar a bola e protagonismo ofensivo pela quantidade de atletas.

É bem verdade que os colombianos perderam para o Bahia, mas o gol saiu em um erro da defesa e o time verdolaga pressionou o tricolor do começo ao fim da segunda etapa.

Por isso a opção por Luis Fabiano possivelmente em lugar de Ademílson precisa ser questionada. O jovem atacante poderia sobrepujar a defesa colombiana com velocidade, enquanto o camisa 9 dificilmente se livrará dos três defensores verdolagas.


Em tese será um jogo de poucas oportunidades, muito diferente da partida contra a Católica. De toda a maneira os colombianos estão muito motivados e a qualidade do time deve representar um grande desafio ao São Paulo.

A ver...

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