quinta-feira, 8 de junho de 2017

Uma prévia de São Paulo x Vitória

São Paulo e Vitória se enfrentam logo mais no estádio do Morumbi em jogo importante para os dois times. De um lado os baianos precisam vencer para se afastar da incômoda posição de candidatos ao rebaixamento, enquanto do outro, o tricolor quer um triunfo para atestar  que busca algo mais no Campeonato Brasileiro de 2017 além de um meio de tabela.  De acordo com as prováveis escalações os dois times alinharão dessa maneira:



(Na vaga de Maicosuel pode entrar Thomaz, enquanto na zaga há dúvidas sobre Lugano ou Militão e há dúvidas sobre o posicionamento de Mendes. Vale dizer que a numeração do Vitória é outra, salvo engano)


Caso os times entrem em campo dessa maneira o São Paulo terá novamente o desafio de fazer a bola chegar a Lucas Pratto.  Contra a Ponte Preta o argentino só recebeu uma com condições de finalização, enquanto contra o Avaí, apesar dos dois gols, só a ligação longa funcionou.  O problema todo reside nas características dos jogadores escalados por Rogério Ceni, sobretudo Cícero e Jucilei. Ambos são volantes "posicionais", ou seja, guardam a posição e raramente infiltram. Assim, toda a movimentação ofensiva e ligação entre os setores ficam nas costas do meia (Cueva, em péssima fase, Thomaz ou Maicosuel) e nas investidas pelos lados. O problema é que pelo lado o São Paulo não vai bem e ou cruza de qualquer jeito ou termina sendo desarmado.  São raras as jogadas que terminam em finalizações por ali. 


(O São Paulo raramente trabalha pelo centro para chegar ao gol adversário, o que força o jogo a ir para os lados, quase sempre sem sucesso) 

Por isso a outra alternativa do São Paulo para hoje me parece mais adequada; o sistema 4-3-3 com Thiago Mendes na dele, sendo o "infiltrador". 

(Com Cícero e Jucilei posicionados, cabe a Thiago Mendes levar a bola para o ataque, dando uma jogada central ao time ao menos. O problema é o contragolpe do Vitória, já que com a subida dos laterais e posicionamento dos volantes para momento ofensivo o time pode ficar desguarnecido com Maicon, Lucão e os laterais, que não vivem boa fase) 

Penso ainda que o ideal seria o São Paulo jogar com dois ou três atletas "rompedores", mas essa ideia parece estar longe de ser a do técnico Rogério Ceni. Aliás, há que se dizer... O discurso de que tinha inspirações em Osorio, Sampaoli e Guardiola parece cada vez mais distante da prática.  Sempre que confrontado com uma desvantagem o treinador são-paulino opta por aumentar a distância dos setores com Gilberto e Pratto aguardando bolas longas e Jucilei e Cícero presos à frente da zaga. Isso de nenhuma forma coincide com os pensamentos dos três estrangeiros supracitados.

Sobre a desculpa de que não tem jogadores para fazer o time envolvente e pressionando alto que deseja, coloco um campinho com o trabalho de Jorge Sampaoli:




(Vejam o time da Universidad de Chile em 2013. Diaz é o único "posicional" e do meio pra frente apenas jogadores de mediano pra baixo. Foi o jeito e as ideias que deram cara e ofensividade à equipe campeã da Copa Sul-Americana 2012 e que nesta foto já estava remontada) 



Fora a seleção do Chile na Copa 2014, que teve do meio para frente: Diaz, Aránguiz e Vidal - dois de ruptura e um de posição - e Valdívia, Sanchez e Vargas.  Não querem ficar no Chile e em Sampaoli? Sem problemas.  O Real Madrid tem o trio Casemiro, Modric e Kroos, enquanto no 3-4-3 do Chelsea os dois do centro são Matic e Kanté. Ou seja, sempre com jogadores de ruptura e infiltração juntando com algum mais de posição.

Quem seria os do São Paulo para fazer isso?  Thiago Mendes, Araruna, Wesley e até mesmo Cueva e Thomaz mediante algumas compensações para segurar a bronca sem a bola.


Enfim! Vamos ver logo mais!










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