sábado, 15 de setembro de 2012

O São Paulo de Paulo Henrique Ganso

As bem informadas fontes do jornalismo já anunciaram: Paulo Henrique Ganso assina com o São Paulo nos próximos dias. Condições físicas à parte, é difícil imaginar que o outrora futuro camisa 10 da seleção brasileira chegue para começar no banco de reservas, razão pela qual já se fala em possíveis cortados do time titular.

Embora ainda não tenha engrenado sob o comando de Ney Franco, o São Paulo evoluiu bastante desde que ele assumiu o cargo e já tem quase um padrão de jogo definido - exceção feita aos momentos em que Ney ainda tenta um sistema misto de 2 e 3 zagueiros. Na melhor sequencia que teve neste segundo semestre, o São Paulo se armou no 4-2-3-1 torto, com Maicon fazendo o lado esquerdo. Foi assim que o tricolor paulista bateu o Corinthians, o Bahia e o Botafogo.


Penso que o ideal para o São Paulo seria manter um esquema parecido, de forma que o primeiro candidato a sair do time seria Jadson. Creio, no entanto que há como Jadson e Ganso jogarem juntos. Para relembrar, eles já chegaram a fazê-lo na seleção brasileira. Foi na Copa América do ano passado, quando o Brasil empatou por 2 a 2 com o Paraguai. O primeiro tempo brasileiro foi bom e Jadson, inclusive marcou o gol que abriu o placar, justamente após passe de Ganso. Naquela partida o camisa 10 do São Paulo - então no Shaktar Donetsk - jogou mais aberto pela direita e o meia do (ou ex?) Peixe mais centralizado.


A experiência de Mano, no entanto, durou apenas 45 minutos, já que o técnico da seleção brasileira decidiu mandar Elano a campo no intervalo, em tese porque Jadson já tinha amarelo. 


Pensando nessa experiência, Ney Franco, que já disse ter projetado o time com Ganso, deve ter pensado em algo assim, com Lucas entrando pela esquerda - como fez na seleção recentemente - e cortando para o meio. 


O grande problema seria a marcação pelo lado direito (marcação vermelha na imagem). Jadson não é dos mais ativos na marcação e inclusive rende menos quando tem que correr atrás dos adversários. Douglas também não tem grande qualidade defensiva, enquanto podemos esquecer a possibilidade - ao menos neste momento - de Ganso marcar alguém. Do outro lado, Lucas pode segurar um dos laterais auxiliar Cortêz no trabalho defensivo. Se jogar assim, no entanto, o São Paulo terá que contar muito com uma marcação adiantada e apostar no trabalho da dupla Wellington e Denílson. 

Outra possibilidade seria deixar Lucas na dele e Jadson responsável pelo trabalho que hoje é de Maicon. 


O problema seria o mesmo, já que desta vez Cortêz teria pouco auxílio na marcação e teria que contar demais com a compactação dos setores e a vitalidade de Wellington. Do outro lado, Lucas ajudaria Douglas ao segurar o lateral esquerdo. 

Por fim, a solução que penso ser a ideal neste momento é a improvisação de Paulo Miranda como lateral direita, como se fosse um zagueiro pelo lado:


Além de dar mais segurança pelo lado direito, Paulo Miranda permite que o São Paulo passe a jogar com três zagueiros quando necessário, ou seja: se a bola for mandada em velocidade para a esquerda, Rhodolfo pode cobrir Cortêz, Tolói pode virar miolo de zaga e Paulo Miranda cobrir a direita. Claro que o ideal seria Lucas e Jadson darem combate o tempo todo, mas é difícil acreditar que eles o farão. 

Mesmo assim este é um post teórico e, na teoria, Jadson e Ganso podem e devem jogar juntos. Se eles, Lucas e Luís Fabiano estiverem em um bom dia o São Paulo certamente tem/terá o melhor quarteto ofensivo do Brasil. 

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